segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Uma noite destas, pah!...

Eh pah, uma noite destas e o largo não tem ninguém!...

É noite de S. Martinho. Não, não é dia 11, é dia 10 à noite. A noite de S. Martinho é como a passagem de ano.

Nesta noite o Arneiro costuma estar à pinha. Devia ser a noite mais forte. Não está a ser.

As ruas estão às moscas, em comparação com o habitual. Não há confusão em lado nenhum. Bem sei que é segunda-feira, mas isso não costuma importar.

À parte de sextas e sábados à noite, onde as festas nas discotecas, nos bares e afins, transformam a Golegã numa espécie de Bairro Alto, esta noite costuma ser a mais movimentada.

Era a noite das fotos aos famosos que apareceriam na comunicação social da especialidade. Mas nem famosos há. Vi o Berg, mas ele já é da casa, não precisa desta noite para aparecer. Não há sequer Marialvas,  espécimes em vias de extinção que costumam aparecer por estes dias a dar cor de si.

Amanhã, dia 11, dia de S. Martinho, deverá ser um dia forte. Ou deveria, a ver vamos.

Dizem que se deve ao facto da feira ter começado tarde, de não terminar perto do dia 11, de ainda haver um fim de semana pela frente. Mas se a feira terminasse amanhã, já meio mundo tinha ido embora no domingo... Não sei o que seria melhor.

Só sei que não tenho memória de uma noite destas assim. Nem com chuva, nem com frio. Nem por nada.

Uma noite destas, pah!...

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Vamos aos Toiros! @Golegã


 

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Mais um ano, mais uma voltinha

Já se arranja, já se lava e já se pinta. É assim desde meados de Setembro. Já não há pedreiros disponíveis e quase não há paciência.

Batem as 8h e já ecoa uma rebarbadora ao fundo. E outra. E outra. Podemos fazer triangulação com as obras e encontrar a nossa localização exata.

Ainda há quem procure boxes para cavalos (perto do Largo do Arneiro, sempre perto do Arneiro), casas, quartos, vãos de escada se ainda os houver. E ainda há quem os tenha para alugar. Parecem pipocas. Dá ideia que há um poço sem fundo de onde sai sempre mais um cantinho disponível, mesmo quando já ninguém achava que ainda fosse possível.

Como será o trânsito este ano? Ainda não saiu o mapa. Mal saia tenho que ir à Junta buscar o dístico se quero poder entrar e sair de casa. Planear muito bem as refeições para tentar comprar tudo o que for possível antecipadamente e evitar assim a confusão que se instala durante a feira.

Os descrentes desta religião que é a feira já se lamentam... Falta menos de um mês para não se poder andar por aí. Os outros dirão que ainda falta muito, nunca mais chega o dia.

A percepção do tempo é engraçada: depende sempre do quão almejamos alguma coisa. Quando queremos muito, o tempo passa devagar e depois termina tudo muito depressa; quando queremos muito pouco - ou nada - é sempre rápido a chegar e demorado a acabar.

A mim não me faz grande mossa. Gosto da feira, mesmo estando no meio da confusão e do barulho e não fazendo negócio. Mas também não fico deprimida porque acaba. Dura o tempo que tem que durar.

Gosto de apreciar os figurinos que por cá se passeiam, de apontar o dedo à soberba e à ganância também. Gosto de olhar para quem se acha dono disto tudo e sorrir sabendo que daí a 10 dias vão embora e quem cá fica sou eu. Gosto de observar a vida a acontecer, no fundo é isso.

Graças a Deus Nosso Senhor, as Autárquicas são já este domingo, ou a feira seria ainda mais de vaidades. Seria palco de lambe-botas, beijoqueiros, pedintes de votos, maldizentes e donos da moral e da razão. Aí não sei se teria paciência.

Venham à feira (e não deixem de ir votar!)