quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

DE QUE LADO ESTÁ A VERDADE...?

Recentemente tive oportunidade ler no site www.tourobravo.com o resumo do Colóquio "Tauromaquia em Portugal: Que Futuro?" que se realizou em Safara a 30 de Novembro . Um dos temas abortados foi o das bandarilhas, ou dos dos acidentes dos forcados provocados pelas mesmas. José Fernando Pottier, Presidente da A.N.G.F. (Associação Nacional de Grupos de Forcados), deu a sua opinião pessoal...
Muito bem!
Já vai sendo tempo de passarem das palavras à prática!

Mas têm que ser mais claros…
Porque os acidentes com os ferros que se soltam, não se devem (salvo raras excepções) à má colocação.
- Se as bandarilhas tiverem um bico conforme consta no regulamento, ou seja, 8 cm de comprimento, com duas barbelas e com o máximo de 2 cm de largura, muito dificilmente se soltam mas diga-se em abono da verdade que também são mais difíceis de cravar.
É aqui que começa o simplificar das coisas para obter o triunfo fácil quando se alterna com colegas cavaleiros de renome.
E então, para se atingir o triunfo, usam-se bandarilhas com bicos mais pequenos e só de uma barbela e lá está, com o tamanho dos bicos diminuído, as bandarilhas cravam-se melhor, mas também se soltam dos toiros com mais facilidade e daí os acidentes...
Por exemplo: Lembram-se do acidente em Arruda dos Vinhos quando um forcado ficou com uma bandarilha (cor de rosa) cravada no peito? Se esta tivesse o bico maior provavelmente não se soltava, mas se por acaso se soltasse, aquele homem com um bico de 8 cm cravado no peito, no local onde foi, teria morrido.
Para quem não estiver dentro da temática das bandarilhas, fica aqui uma dica que elucida facilmente:
- Uma bandarilha equipada com um bico com as medidas regulamentadas, após a cravagem fica de pé, enquando as outras tombam imediatamente.
Com tudo isto pouca importância se tem dado aos ferros compridos, relativamente aos acidentes por estes provocados. Temos forcados cegos com a madeira destes ferros, tivemos à poucos anos a morte de um outro e um sem numero de lesões na face, como foi o caso que aconteceu em Agosto passado, no Campo Pequeno, numa corrida transmitida pela TV. O forcado lesionado num olho faz parte do grupo em que o cabo è o vice-presidente da A.N.G.F. e mesmo assim nada se fez, nada mudou!
Para evitar os casos atrás referidos, com os ferros compridos, já há solução.
Mas falta vontade, por parte de quem manda, de ver como funciona, se vale a pena ou não trazer a público, à praça...

Com tanta falta de interesse e muita demora do sim ou não, o inventor dos Ferros Compridos de Segurança para forcados lá vai pagando as anuidades do registo...
…sem que ninguém dos principais interessados se digne dar uma resposta.


DÁ QUE PENSAR…
HÁ-DE SER O QUE DEUS QUISER E O QUE A VONTADE DOS HOMENS DEIXAR