É curioso...
Numa altura em que se fala tanto de toiros e tauromaquia, em 'vamos preservar as nossas tradições' e por aí fora, só se faz mesmo isso: falar. Falar muito, é certo. Muita garganta, pouca força de braços (não que seja propriamente necessária...).
Está mais do que na altura de se tomar definitivamente uma atitude. Não bastam palavras, são necessárias acções.
Não falo de encontros, que não são mais do que manifestações contra quem se manifesta contra nós (?!?), falo sim de coisas básicas. Como queremos mostrar união se nem em acções simbólicas participamos? Está um inquérito na SIC Online, por exemplo; quantos aficionados marcaram a sua posição? Quantos defenderam aquilo de dizem gostar tanto? Somos meia-dúzia comparados com os anti... E assim, garanto, é difícil. É certo de que não passa de um debate de ideias (por vezes...) e que dali não sairá nada... Mas somos literalmente esmagados, por muito bom poder de argumentação que tenhamos...
Não vale a pena pensar em grandes acções quando ainda não se dominaram as pequenas...
Porque é que eu não faço nada? (eu sei que é isso que está a pensar)
Eu tenho feito tudo quanto posso, infelizmente não tenho tempo para mais. Nem dinheiro. Quem segue este blog sabe que bem tento mexer-me, mas até nos toiros há interesses e elites. E eu, ao criar um movimento pró-tourada (Julho/08) fui literalmente espezinhada pela tal elite, que possivelmente se sentiu incomodada com a iniciativa... Apareceu logo um movimento com o mesmo nome e com um 'cabeça de lista' com muito mais nome, tempo e dinheiro que eu. E o meu movimento foi declarado 'não oficial'... Quem oficializa estas coisas? Será a elite dona e senhora da tauromaquia?? Dos aficionados?? Não creio. Enfim...
Peço desculpa pelo desabafo, mas este é apenas um exemplo das atitudes que tenho tomado em prol dos toiros e que infelizmente nunca dão em nada...
Espero que num futuro próximo as coisas mudem (para melhor); isto não vai lá com elitismos, vai lá com os aficionados unidos, como um todo. Como deveríamos ser. Mas como, infelizmente, não somos.